O governo da China criou uma lista com alguns dos aplicativos mais usados no mundo, entre eles TikTok e LinkedIn, que estariam violando leis relacionadas à privacidade e coleta e uso ilegal de dados. É o que afirma o site South China Morning Post, que destaca ao menos 105 apps inclusos na suposta violação de informações.
A lista foi criada depois que usuários reclamaram junto ao governo chinês sobre o compartilhamento ilegal de dados. De acordo com a Administração do Ciberespaço da China (CAC), por meio de um comunicado no canal oficial do órgão no WeChat, os mais de 100 aplicativos “violaram várias leis e infringiram informações pessoais por meio de acesso ilegal, coleta e autorização excessivas”.
Além do LinkedIn, o Bing — ambos de propriedade da Microsoft — está na lista. A ByteDance, controladora chinesa do TikTok, o app de vídeos curtos Kuaishou, o buscador web Baidu e o serviço de streaming de música Kugou também foram citados. Todos eles têm até 15 dias úteis para revisar suas respectivas políticas de privacidade e reverter a coleta e uso ilegal de dados.
Estes são os últimos apps na mira do governo chinês cerca de um mês após as novas regulamentações do Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação (MIIT) terem entrado em vigor, limitando a quantidade de dados que empresas de tecnologia podem usar e coletar de seus usuários.
Com base no MIIT, as companhias são responsabilizadas por coletar o que o governo chama de dados “em excesso” dos usuários, que muitas vezes são forçados a autorizar a forma como as empresas tratam desses dados. O governo diz que, na maioria dos casos, as informações coletadas pelas empresas não estão relacionadas à finalidade de cada aplicativo.
O MIIT também estipula regras específicas que abrangem 39 categorias de aplicativos, incluindo serviços de mensagem, compras online, sistemas de pagamentos, vídeos curtos, streaming ao vivo e jogos mobile. Ao detectar violações, o CAC então notifica os desenvolvedores para consertá-las.
Dependendo da violação, o governo chinês prevê punições de até 50 milhões de yuans (R$ 41,7 milhões), ou 5% do faturamento anual da companhia. Empresas como Tencent e Alibaba já sofreram multas milionárias com base nas novas leis de controle de dados na China. Em abril deste ano, a gigante do comércio eletrônico Alibaba foi multada em 18,2 bilhões de yuans, o equivalente a R$ 15,1 bilhões de reais na conversão direta.
Da redação do Blog Brejo Notícias
*Com informações do Portal Gizmodo Brasil
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