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Só faltava essa: Alergia á carne vermelha transmitida por carrapatos se espalha pelo mundo

Foto: reprodução

A chamada síndrome alfa-gal, reação alérgica desencadeada pelo consumo de carne vermelha e derivados após picada de carrapatos, vem sendo registrada em expansão em diversas regiões do mundo. A condição provoca respostas imunológicas que variam de coceira e inchaço a dor abdominal, náusea e choque anafilático, podendo exigir atendimento médico imediato.

O quadro tem origem na transmissão, durante a picada, da molécula de açúcar alfa-gal, presente em carnes e laticínios, mas ausente no corpo humano. O sistema imunológico identifica essa molécula como estranha e passa a produzir anticorpos contra ela. Os sintomas, no entanto, costumam surgir semanas ou meses depois do contato com o carrapato, o que dificulta a ligação entre a picada e as reações.

Inicialmente associada ao sudeste dos Estados Unidos, onde é transmitida pelo carrapato estrela, a síndrome já foi relacionada a outras espécies encontradas em diferentes continentes. Esses aracnídeos podem estar tanto em áreas rurais e florestas quanto em ambientes urbanos, como jardins e parques, onde se fixam nas pessoas que entram em contato com vegetação infestada.

Dados norte-americanos indicam que aproximadamente 450 mil pessoas vivem com a alergia, mas a ocorrência global é subestimada. Entre os fatores que contribuem para a subnotificação está a falta de informação: levantamento realizado em 2022 apontou que 42% dos profissionais de saúde nos EUA desconheciam a síndrome. Em regiões onde médicos estão familiarizados com o problema, a identificação é mais rápida; em outras, pode levar anos e múltiplas consultas até o diagnóstico correto.

A principal recomendação terapêutica é suspender, por período prolongado, o consumo de carnes vermelhas e produtos que contenham a molécula alfa-gal, até que a sensibilidade do organismo diminua.


Fonte: Pirapop_notícias

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