Remédios falsificados para emagrecer eram misturados em betoneira e vendidos em vários estados
Uma betoneira era usada para misturar substâncias de remédios para emagrecer que eram falsificados, informou a Polícia Civil. Os medicamentos foram apreendidos durante uma operação policial, em Goiás, Minas Gerais e Rondônia, em que foram cumpridos cerca de 30 mandados de prisão.
A operação aconteceu na quinta-feira (4). Os nomes dos suspeitos não foram divulgados e, por isso, o g1 não obteve contato com a defesa para um posicionamento. Os mandados foram cumpridos nas seguintes cidades:
Rio Verde (GO)
Goiânia (GO)
Paranaiguara (GO)
São Simão (GO)
Quirinópolis (GO)
Uberlândia (MG)
Ji-Paraná (RO)
Segundo a Polícia Civil, o grupo trabalhava em várias etapas, desde a fabricação até a comercialização de medicamentos terapêuticos e medicinais falsificados. Os produtos eram distribuídos em diferentes estados brasileiros.
Além da manipulação de medicamentos falsos, os investigados também realizavam movimentações financeiras suspeitas e aquisição de bens incompatíveis com a renda declarada e utilização de diversas contas bancárias.
Intitulada “Panaceia”, a operação é conduzida pelo Grupo Especial de Repressão a Crimes Patrimoniais de Rio Verde, na região sudoeste de Goiás. Para a TV Anhanguera, a auditora fiscal da Vigilância Sanitária explicou que os medicamentos eram vendidos pela internet como fitoterápicos, principalmente para emagrecimento.
"O que os policiais encontraram foi uma condição inadequada de fabricação. Além disso, na mistura, eles estavam colocando elementos que realmente tem o papel emagrecedor, mas são medicamentos controlados. São medicamentos que, de fato, emagrecem, são inibidores do apetite, mas são medicamentos tarjados que causam efeitos adversos no organismo", contou.
Ela explica que os consumidores, ao tomar os medicamentos falsos, pensando se tratar de medicamentos naturais, podem fazer combinações que coloquem a saúde em risco.
"Imagina que você está tomando um medicamento natural para emagrecer e toma uma cerveja, não se mistura álcool com medicamento controlado. Mas uma pessoa que acha que está tomando um medicamento natural, ela vai achar que está tudo bem", completou.
Fonte: g1 Goiás
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