Duas pessoas morreram devido a um surto de botulismo registrado em três cidades da Bahia na última semana. Além dos dois óbitos, três casos foram registrados nos municípios de Campo Formoso, Senhor do Bonfim e Ribeira do Pombal. As informações são do g1.
Das cinco pessoas que contraíram a doença rara, quatro ingeriram uma mortadela de frango no dia anterior aos primeiros sintomas. Segundo o Ministério da Saúde e a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), o primeiro caso foi registrado no dia 17 de setembro em Campo Formoso.
Um sexto caso segue em investigação pela Sesab, de um morador do município de Cícero Dantas. “Entre as seis notificações, três são relativas a pacientes que seguem internados no Instituto Couto Maia, em Salvador. Um paciente já recebeu alta médica”, disse a secretaria ao portal.
Entre 2014 e 2023, em um intervalo de nove anos, a Bahia registrou 16 casos de botulismo. Segundo a Secretaria de Saúde do Estado, no ano passado foram dois registros, nas macrorregiões Sudoeste e Centro-Leste.
O que é o botulismo?
O botulismo é uma doença bacteriana que atinge o sistema nervoso. A maneira mais fácil de infecção é através da ingestão de toxinas presentes em alimentos contaminados, que foram produzidos ou conservados de maneira inadequada.
Casos de infecção pelo consumo de alimentos são mais comuns naqueles que estão em conserva, como é o caso do molho pesto, pois a bactéria Clostridium botulinum, causadora da doença, se reproduz com mais facilidade.
De acordo com o Ministério da Saúde, a toxina botulínica afeta o controle motor e, por essa razão, pode levar a diversas complicações. Ela pode levar à insuficiência respiratória, que, no geral, é a forma mais comum de morte causada por botulismo. Outras complicações podem incluir:
Dificuldade para falar
Dificuldade para engolir
Fraqueza de longa duração
Fadiga
Pneumonia por aspiração e infecção
Problemas no sistema nervoso em geral
Principais formas de prevenção
Lavagem e desinfecção de superfícies, utensílios e equipamentos usados na preparação de alimentos;
Tratamento da água para consumo (filtrar, ferver ou colocar duas gotas de solução de hipoclorito de sódio a 2,5% para cada litro de água, aguardar por 30 minutos antes de usar);
Evitar a ingestão de alimentos em conserva que estiverem em latas estufadas ou amassadas, vidros embaçados, embalagens danificadas ou com alterações no cheiro e na aparência;
Evitar produtos de origem desconhecida ou clandestinos;
Lavar sempre as mãos;
Orientar como conservar o alimento em geladeira, não deixá-lo à temperatura ambiente e sempre reaquecer as sobras alimentares;
Orientar a fervura do alimento por pelo menos 10 minutos para inativação da toxina.
Fonte: Diário do Nordeste
0 Comentários